Brilhante por momentos no ataque, Luis Miguel Afonso Fernandes, Pizzi (Bragança, 1989) está consciente de que deve ajudar mais os seus companheiros na parte defensiva. Nunca antes havia tido que recuar tanto, apenas o suficiente. Agora, de vez em quando, tem a obrigação de olhar pelo espelho retrovisor para sacrificar-se pelos outros, por exemplo, na hora de fazer coberturas: "Sei que tenho que melhorar esse aspecto. Ali não está o treinador para me ajudar e tenho que trabalhar um pouco mais todos os dias para conseguir fazer isso bem".
- É uma missão nova para si?
- Nas equipas que estive não estava tão acostumado a defender como aqui mas já sei que me toca defender muito em todos os jogos porque enfrentamos rivais complicados que apertam e atacam muito. Tenho que fazer o esforço e também todos da equipa para o bem colectivo.
- Custa?
- Tenho que melhorar. No ataque estou feliz de como as coisas me estão a sair mas sei que posso dar mais. O balanço até agora na hora de atacar é positivo. Sei que a nível defensivo tenho um pouco mais de problemas mas estou trabalhando para melhorar e creio que vou conseguir.
- Foi proposto esse objectivo para os próximos jogos?
- Claro. Esse é o meu trabalho e o que o mister quer é que baixe na defesa quando tenho que o fazer. E vou fazer. Claro que me custa um pouco porque não estou acostumado, essa é a realidade, mas vou trabalhar todos os dias para melhorar esse aspecto, no que não sou bom.
- Já esqueceu o de Bernabéu?
- Nos deixou um pouco tristes mas isso é passado. Não estivemos bem e sabemos. Com o golo tínhamos essa ilusão de poder ganhar mas creio que a equipa não esteve bem. Não fizemos um bom jogo. Queríamos ter a bola e fazer o nosso jogo mas não conseguimos. O Real Madrid é uma grande equipa e foi melhor que nós. O vestiário está unido para remar todos juntos para o mesmo objectivo. Estamos todos com vontade de ganhar o próximo jogo.
- Defenderam mal mas no ataque tão pouco saíram as coisas como nas outras vezes...
- É verdade. O problema não foi só a defesa No ataque tão pouco estivemos bem. Não tivemos a coragem de passar por cima do rival. Já é passado e agora há que olhar o próximo jogo com tranquilidade.
- Não há urgências depois de cinco jogos sem vencer?
- É um pouco cedo para falar disso mas sempre é bom somar os três pontos. Queremos vencer o Rayo para apagar um pouco dessas dúvidas que existem agora sobre a equipa.
- A dificuldade do calendário, com o Barça e Celta depois do Rayo, aumenta a importância do encontro de Sábado?
- Vêm jogos complicados, mas temos que defrontar cada encontro com a emoção, com vontade e tratar de fazer as coisas bem, sabendo que são rivais muito difíceis Temos que juntar-nos e trabalhar todos para o mesmo objectivo, que é ganhar o Rayo, e depois os seguintes jogos veremos.
- Fala da importância de estarem juntos. Oltra insistiu nessa questão ultimamente?
- Não. Isso sabemos todos, que temos que estar juntos e ajudar todos a defender e atacar. Temos que estar todos um pouco mais juntos, trabalhar mais e todos darem um pouco mais de nós mesmos.
- Na passada temporada já defrontou o Rayo com o Atlético. Que tipo de jogo espera?
- É um rival muito difícil em todo o campo. Apertam muito e não te deixam pensar nem um pouco. Sabemos que vai ser um jogo muito complicado com um rival que luta pelo mesmo objectivo que nós, mas temos vontade, emoção e vamos trabalhar todos juntos para conseguir um bom resultado.
-Com seis pontos em seis jornadas que balanço faz deste arranque do campeonato?
- Sabemos que a Liga Espanhola é muito competitiva e que vai ser uma temporada comprida e difícil. Queremos assegurar a permanência o antes possível mas sabemos que vai ser difícil e que vamos ter que trabalhar muito. Os últimos jogos não nos saíram bem, especialmente no Bernabéu e agora temos que trabalhar juntos e estar todos unidos para conseguir o objectivo, que é ganhar ao Rayo.
Fonte: La Opinion Coruña
Traduzido por: Pizzi Fernandes Fãs
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