domingo, 24 de fevereiro de 2013

Deportivo-Real Madrid, 1-2


O Real Madrid pode jogar sem Cristiano Ronaldo? Pode, mas não é a mesma coisa. E quem diz Ronaldo diz Ozil. José Mourinho entrou no Riazor a pensar nos importantes compromissos que aí vêm. Deixou o português no banco, com Ozil, Kherira e Fábio Coentrão a fazer escolta. Arriscou. Talvez não contasse com a força do Deportivo que nem a lanterna vermelha apagou. Esteve quase a correr mal e valeu o golo de Higuaín, perto do fim para virar o jogo (1-2)

Primeiro, e mais importante, porque o Deportivo abordou o encontro com uma entrega incrível. Querendo fazer desta querela ponto de rutura com a situação delicada que atravessa, Fernando Vazquez, o homem que rendeu Domingos Paciência no banco, deixou uma mensagem clara: do outro lado estava uma super-equipa, sim, mas formada por 11 jogadores, como todas as outras. 

Os seus homens acreditaram. Valerón, mesmo a passo, definia a estratégia. Pizzi e Bruno Gama eram setas sempre apontadas à baliza de Diego Lopez. No centro, Riki, o ponto de encontro da maioria das tentativas. 

A juntar a isto esteve o apagão merengue. O onze de recurso não foi o que Mourinho esperava. Sem controlo no meio campo, o quarteto defensivo viu-se e desejou-se para suster as iniciativas da casa. Uma dava o mote para a seguinte. Até ao golo. 

Pizzi abre, Riki recebe, parece perder ângulo, mas chuta forte. A bola passa entre o poste e Diego Lopez. Festa num Riazor quase cheio, mesmo em tempos conturbados. Poderia até ser maior se Marcelo não tirasse em cima da linha um golaço a Pizzi ou se Diego Lopez não se redimisse do golo sofrido com um voo que evitou golo de Bruno Gama. 

Até ao intervalo, só uma perdida de Callejón na cara de Aranzubia mostrou a força do Real. O resto foi Depor, Depor, Depor. 

Mourinho deu uns minutos de bonus aos mesmos onze do primeiro tempo antes de carregar no reset. Ronaldo, Ozil e Khedira, de uma vez, para o relvado. Acabou a brincadeira, foi a mensagem que passou. 

Kaká, um dos resistentes, empatou pouco depois num remate cruzado fora da área. Ronaldo ameaçou uma vez com o pé direito, após nó cego a Bergantiños; duas vezes com a cabeça, respondendo a um centro da direita. À terceira...assistiu. Passe a furar a defesa contrária, Ronaldo na cara de Aranzubia e toque para o lado para um golo fácil. 

Vitória pela margem mínima num jogo em que, pela primeira parte que fez, talvez o Deportivo merecesse o empate. Mas Mourinho deixou uma ideia simples no Riazor: ganhou o jogo quando quis. 

Fonte: Mais Futebol

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